Em um marco histórico para a tecnologia, os Estados Unidos, a China, a União Europeia e cerca de outros 20 países, incluindo o Brasil, assinaram a primeira declaração mundial sobre os riscos da Inteligência Artificial (IA). O acordo, conhecido como Declaração de Bletchley, foi firmado durante a primeira cúpula global sobre os riscos da IA, realizada no Reino Unido.
A declaração destaca a “necessidade urgente de compreender e administrar coletivamente os riscos potenciais” da IA. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, descreveu a declaração como o início de um “novo esforço mundial para aumentar a confiança do público na IA, garantindo que seja segura”.
A cúpula reuniu líderes políticos, gigantes tecnológicos e especialistas para debater sobre os perigos potenciais da IA. A declaração é um passo significativo para o desenvolvimento seguro de ferramentas de IA, uma área de tecnologia que tem visto avanços rápidos nos últimos anos.
Os modelos de IA generativa, capazes de produzir textos, sons ou imagens em apenas alguns segundos, têm feito avanços gigantescos. No entanto, esses avanços também levantam preocupações sobre a segurança e a privacidade. A declaração de Bletchley é um reconhecimento desses riscos e um compromisso dos signatários de trabalhar juntos para mitigá-los.
A declaração também marca o reconhecimento de que a IA tem o potencial de desestabilizar sociedades, permitindo a fabricação de armas ou escapando ao controle humano. Portanto, é essencial que os líderes mundiais trabalhem juntos para garantir que a IA seja desenvolvida e usada de maneira segura e responsável.
A cúpula não teve como objetivo lançar as bases de uma legislação mundial, mas serviu para traçar um caminho a seguir. Duas cúpulas internacionais sobre a IA ocorrerão posteriormente: uma na Coreia do Sul, dentro de seis meses, e outra na França, dentro de um ano.
Este é apenas o começo de um esforço global para lidar com os riscos da IA. Com a assinatura da Declaração de Bletchley, os líderes mundiais deram um passo importante para garantir que a IA seja desenvolvida e usada de maneira segura e responsável.