Série O Continental: Do Mundo de John Wick – Minhas Impressões

A minissérie da Amazon Prime Video explora a origem e os bastidores do hotel que serve de refúgio para os criminosos mais perigosos do mundo.

O Continental

Essa semana finalmente consegui assistir à nova série da Amazon Prime, o Hotel Continental. Série bem dinâmica, com muita ação e aventura na medida certa.

Para quem nunca ouviu falar, um resumo da série

O mundo de John Wick está de volta! Mas desta vez, o protagonista não é o lendário assassino interpretado por Keanu Reeves, mas sim o hotel que serve de cenário para muitas das suas aventuras. O Continental: Do Mundo de John Wick é uma minissérie em três capítulos que estreou no Amazon Prime Video em outubro de 2023, e que explora a origem e os bastidores do hotel que funciona como território neutro para os membros do submundo do crime.

A série é ambientada na década de 1970, em Nova Iorque, e acompanha a história do jovem Winston Scott (Colin Woodell), que é arrastado para um passado que tentou esquecer.

O Continental: Do Mundo de John Wick é uma série que expande o universo criado nos filmes da franquia John Wick, que começou em 2014 e já arrecadou mais de um bilhão de dólares nas bilheterias mundiais.

Minhas impressões

Em relação ao tamanho da série, Cada um dos 3 episódios de O Continental se apresenta como um filme. O primeiro inicia a trama principal e mostra a origem dos personagens, o segundo passa para planejamento do golpe e a formação da equipe. O terceiro é praticamente uma história de vingança.

Ao fim do 3ª ato confesso que fiquei decepcionado. Da mesma forma que a Netflix falhou feio em tentar fazer um He-Man sem apresentar o He-Man, a Amazon não conseguiu fazer um John Wick sem John Wick.

A série tem alguns aspectos positivos, como a ambientação da época e as cenas de ação bem coreografadas e também apresenta personagens interessantes, além de explorar um pouco mais da mitologia do universo de John Wick, como as regras, as moedas e a Alta Cúpula, mas se compararmos com os filmes originais, ela perde completamente em qualidade e motivação.

O primeiro filme tem 101 minutos, e consegue, com uma premissa simples e breve, criar uma mitologia em volta do personagem e depois voltar a atenção para o hotel continental. Créditos para Keanu Reeves. Mas Colin Woodell (Winston Scott) não consegue trazer essa imagem para seu personagem. Realmente ele é um ator inexpressivo e o papel pedia esse tipo de perfil, mas ele exagerou. Não tem nenhum carisma para ser o centro da história. Ele é um personagem passivo, que apenas reage aos acontecimentos e não demonstra nenhuma evolução ao longo dos episódios.

A trama toda é levada pelos personagens coadjuvantes, pois Mel Gibson, que interpreta o vilão Cormac, está totalmente preso pelo roteiro, um extremo desperdício de talento. Praticamente vira um clichê de chefão do crime, que não tem nada de original ou ameaçador.

O terceiro problema é o roteiro, que é confuso, cheio de furos e inconsistências. A série tenta ser um thriller de crime dos anos 70, mas não consegue criar uma trama envolvente ou surpreendente. A série também não aproveita bem o potencial do hotel Continental, que é um dos elementos mais fascinantes da franquia. O hotel aparece pouco na série e não tem o mesmo charme e mistério dos filmes.

Em resumo, O Continental: Do Mundo de John Wick é uma série que decepciona os fãs da franquia e não consegue se sustentar por si só. A série tem alguns momentos divertidos e bem feitos, mas no geral é uma produção fraca, que não faz jus ao universo criado nos filmes.

Eu esperava mais dessa série. No próximo ano, o filme “Bailarina” fará uma segunda tentativa de extensão do universo, desta vez com a magnífica Ana de Armas como protagonista. Como primeira tentativa, “o Continental” precisa muito para melhorar, se realmente tiver algum tipo de continuação.

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