O termo “Skol” deriva da língua falada da Escandinávia, sendo usada pelos nórdicos como uma forma de saudação num brinde ao erguerem seus copos, como o nosso “saúde” aqui no Brasil.
Skol, segundo o Collins English Dictionary, significa:
“Boa saúde”
Enquanto no Cambridge:
“Beber algo de uma só vez, sem fazer uma pausa.”
Atualmente, a expressão também é usada durante os jogos de futebol americano do Minnesota Vikings.
Mas como surgiu essa expressão?
Os vikings a muito desapareceram, e temos poucos vestígios de sua passagem pela europa. Talvez por esse fato uma tradução de alguns hábitos nórdicos foi mal interpretada levando a lenda que diz que no final das batalhas, os guerreiros bárbaros decapitavam o rei adversário e bebiam no seu crânio gritando “Skoll” um para os outros como uma forma de respeito ao derrotado. Eles acreditavam que só assim seus oponentes teriam permissão para entrar no Valhalla, o paraíso para os que morrem em combate, no qual podem se juntar a Odin. Então, com o passar do tempo, Skol se tornou uma forma de brinde entre alguns povos descendentes dos nórdicos.
Na verdade os vikings não bebiam do crânio de seus inimigos. Como escrevi anteriormente, foi um mal-entendido de um kenning (uma expressão composta em inglês antigo e poesia nórdica antiga com significado metafórico) do antigo nórdico.
No poema Krákumál 25 (que fala sobre Ragnar Lodbrok), onde se afirma:
“drekkum bjór af bragði ór bjúgviðum hausa” (traduzindo “beba cerveja imediatamente dos ramos curvos dos crânios”).
“Ramos curvos de crânios” é um kenning que significa “um chifre”, mas foi traduzido por Ole Worm em Runir seu Danica Literatura Antiqvissima como:
“Sperabant Heroes se in aula Othini bibituros ex craniis eorum qvos occiderant” (traduzindo “Os heróis esperavam beber no salão de Odin com os crânios daqueles que haviam matado”).
Como sugere o kenning, os vikings na verdade bebiam de chifres de gado ou cabras. Poucos chifres foram encontrados, mas os acessórios de metal decorativos que os ornamentavam sobreviveram em número suficiente para apoiar a evidência literária. Há também imagens, como a de uma valquélia que oferece um chifre de hidromel. Entretanto, além dos chifres, sabe-se que os Vikings utilizam copos de vidro e copos de madeira ou metal também.
Mas não é mais heroico e viril imaginar a primeira versão??? Então:
“Que possamos sempre beber dos crânios de nossos inimigos!”
Skol.
