Última atualização em 2 de fevereiro de 2021
O fundador do Telegram, Pavel Durov, fez um pronunciamento nesta sexta-feira (08), em seu canal no mensageiro. No comunicado, ele desmente três mitos sobre o aplicativo.
Além disso, Parov afirma que o Telegram é vítima de bots que propagam fake news nas redes sociais. O post praticamente é uma provocação ao Facebook, e aproveita os usuários que pretendem deixar o WhatsApp, devido à última atualização nos Termos de Serviço do mensageiro.
Em seu pronunciamento ele afirmou que:
Mito 1: “Telegram não é open-source”
A primeira informação relevante diz respeito ao código do Telegram. Durov garante que todos os apps clientes do Telegram são open-source desde 2013, e que seus processos de criptografia e API são revisados “milhares de vezes” por especialistas em segurança – além de serem documentados para auditorias. Segundo Parov o seu concorrente WhatsApp, supostamente “ofusca” seu código para dificultar a verificação de seus processos de criptografia e privacidade.
Mito 2: “Telegram é um aplicativo russo”
Ao contrário do que muitos pensam e propagam nas redes sociais, o Telegram não tem servidores ou escritórios na Rússia. Sua sede atual fica em Dubai. De acordo com Durov, o Telegram foi bloqueado em território russo de 2018 a 2020. Em 2017, o app teve que pagar multa por se recusar a fornecer dados ao governo russo.
Mito 3: “O Telegram não está criptografado”
Durov reafirma que o Telegram conta com criptografia desde seu lançamento. O fundador do mensageiro ressalta ainda alguns recursos bastante populares, como os chats secretos com criptografia de ponta-a-ponta e o armazenamento em nuvem.
Além de defender a sua plataforma, o fundador do Telegram aproveitou a publicação para fazer algumas acusações mais pesadas ao Facebook, no entanto, as informações vieram sem grande embasamento.
Em primeiro lugar, o empreendedor sugere que o Facebook estaria destinando verbas de Marketing para editar artigos na Wikipédia, com o intuito de manipular informações sobre o WhatsApp.
De fato, é possível identificar que houve edições feitas por usuários pagos por meio de uma nota na antiga página destinada ao mensageiro, mas a própria Wikipédia afirma que não encontrou nenhum problema de imparcialidade ou publicidade nestas alterações e, portanto, removeu o antigo aviso sobre as potenciais edições.
Por fim, Durov afirmou sem fornecer comprovação que o Facebook teria um departamento inteiro dedicado a “estudar” o segredo para a popularidade do Telegram:
Ouvi dizer que o Facebook tem um departamento inteiro dedicado a descobrir por que o Telegram é tão popular. Imagine dezenas de funcionários trabalhando exatamente nisso em tempo integral. Estou feliz por economizar dezenas de milhões de dólares no Facebook e dar nosso segredo de graça: respeite seus usuários.
A disputa entre os mensageiros pode ficar ainda mais acirrada: o Telegram mantém ritmo de crescimento e conta com 500 milhões de usuários.