Essa semana um taxista foi detido na região do aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro porque estava usando um bloqueador de sinal de celular para impedir que os usuários pudessem chamar carros por aplicativos como o UBER, Cabify e 99 e fossem obrigados a pegar os táxis ou carros com tarifas mais altas que as praticadas por táxis ou aplicativos.
Mas o caso não se restringe ao aeroporto do RJ. Clientes também reclamam dessa prática nos arredores da rodoviária da cidade, porta de “baladas” e restaurantes movimentados e até mesmo em outros Estados do Brasil, como é o caso do Aeroporto Internacional de Guarulhos e ao redor do Parque Cecap e na região do Hotel Pullman em São Paulo.
Em São Paulo motoristas de aplicativos costumam aguardar entre quatro e cinco horas na fila virtual antes de conseguirem uma corrida vinda do aeroporto de São Paulo, mesmo assim aguardam o tempo longo de espera, pois como o aeroporto é longe do Centro normalmente a corrida vale a pena.
Os bloqueadores de sinal são capazes de gerar interferência através da emissão de sinais de alta intensidade, que saturam a frequência de rádio usada pelos celulares em uma região específica e impede que os dispositivos recebam dados. O uso destes aparelhos é proibido no país pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que definiu em 2002 uma norma só permite o uso dos chamados Bloqueadores de Sinais de Radiocomunicações (BSR) em presídios.
Mesmo assim, conseguir um BSR não é uma tarefa difícil. Em sites como o Mercado Livre, é possível encontrar ofertas de aparelhos por preços a partir de R$ 200.