A Netflix trouxe para o público brasileiro a série espanhola O Sucessor (vivir sin permiso). A série tem um enredo que mistura o crime organizado com drama familiar, e com essa mistura prende o público ao desenvolver conexões familiares na sucessão de uma poderosa organização que gerencia o crime sob uma fachada de legalidade.
Na série é narrada a história de Nemo Bandeira (José Coronado), um poderoso e centralizador empresário da região da Galícia (Espanha). Para a sociedade espanhola ele é um empreendedor de sucesso, mas nem tudo é o que parece ser, pois a empresa foi construída com capital do maior grupo de narcotráfico da região. No início da série Nemo descobre ter Mal de Alzheimer, o que o faz começar a pensar em arrumar um sucessor antes que e doença, que já exibe claros sinais, o faça perder o controle de sua vida. Paralelamente ele decide sair do ramo de negócios ilícitos para limpar sua empresa antes da sucessão.
Com o anúncio de sua doença, inicia-se uma guerra na família para ter o controle da empresa, e no meio desse conflito estão sua esposa Chon (da qual ele não gosta muito, pois casou-se com por força dos negócios entre suas famílias), seu filho Carlos, que não é muito chegado aos negócios da família, sua filha rebelde e independente Nina e seu filho “postiço” Mario, ambicioso e calculista, que fica decepcionado por não fazer parte dos futuros pretendentes. Além de toda essa confusa família ainda existe Lara, sua filha “bastarda” que odeia a família paterna e seu braço direito, o leal e violento Ferro.
AVALIAÇÃO
A série tem muitas nuances do “Poderoso Chefão”, e Nemo Bandeira, personagem interpretado por Jose Coronado, e mesmo sendo um homem violento e poderoso, é carismático e interessante, grande mérito do trabalho de atuação de Coronado, que atua nesse papel com primazia. Como não poderia deixar de ser em uma produção espanhola, a série é em seu cerne um típico drama familiar pesado misturado com ação e um bem equilibrado suspense e apesar da premissa, a série não glamoriza o crime, mostrando a toda hora as consequências de uma vida criminosa.
Indico que seja vista com bastante paciência, pois “maratonar” uma série de 13 episódios de mais de uma hora de duração é uma tarefa meio entediante e fará com que o espectador tenha a falsa impressão de que a série está “enchendo linguiça”, quando na verdade o tempo é usado para desenvolver os personagens e tentar não deixar nenhuma ponta solta.
Titulo: O Sucessor
Produção: NetFlix
Criador: Aitor Gabilondo
Elenco: Jose Coronado, Álex González, Claudia Traisac, Luis Zahera, Pilar Castro, Àlex Monner e Giulia Charm
Duração dos episódios: Aproximadamente 75 minutos
Classificação Etária: 16 anos
Ano de lançamento: 2018
Gênro: Drama, Crime
Status: Finalizada
Violência:
- A série exibe alguns exibe passagens bem violentas, principalmente durante o trato com drogas, mas a violência não é explícita como em outras produções do gênero
Non Safe for Work:
- Nudez e cenas de sexo são exibidas e os corpos são muito bem explorados, mas com o cuidado de ter alguma barreira para censura de coisas mais pesadas.
Romance:
- Temos algumas histórias paralelas de amores, traições e sacrifícios bem interessantes e em alguns momentos inspiradoras.
Politicamente incorreto:
- A série peca pelo excesso de polarização do núcleo da polícia, e retrata bem como a vida das pessoas que partem para esse lado da vida são prejudicadas.
Não-Polarização:
- Como em todas séries latinas alguns personagens são bem forçados: muito sensuais, muito mal, muito bonzinho, muito idiota, muito carismático, etc.
Nivel de objetividade (não enrolação):
- A série peca pelo grande número de episódios por temporada (13) e o tamanho de cada episódio, o que leva a série e a dar aquela “enroladinha” em um evento que poderia ser resumido em poucos minutos, mesmo assim, ela é objetiva: pouco pode ser descartado no fim.
Carisma dos personagens:
- Personagens extremamente carismáticos, vocês vão se apaixonar pela maioria deles, inclusive os que fazem parte do lado “negro” da força.