Última atualização em 29 de dezembro de 2020
Parece um paradoxo, mas não nos tornamos os melhores no que nos propomos a fazer pelo simples fato de não admitirmos que somos ruins.
Explico melhor…
Aceitar que você não é o melhor tira da suas costas a pressão de tentar ser. Quando você admite que atualmente é ruim, que está em período de aprendizagem, perde a necessidade de provar a si mesmo e/ou aos outros de que tem que chegar ao topo e te faz seguir o caminho de seu aprendizado de forma mais calma e progressiva.
Não estou falando para você desistir de aprender coisas novas, tentar ser melhor no que faz ou até mesmo de aperfeiçoar uma técnica. Não estou de forma alguma incentivando a mediocridade, mais sim tentando lhe alertar quanto a armadilha que vem com o perfeccionismo.
O cerne desse artigo é que quando uma pessoa se propõe a aprender algo novo, e essa nova habilidade começa a se tornar difícil, o primeiro pensamento que vem a cabeça é de desistir logo que começa a falhar. Começamos a ter a sensação de que “talvez eu não seja bom, não dê para isso mesmo.” Isso nos faz desistir, se não de cara aos poucos (começa a deixar de ir para a academia por não ver os resultados, começa a não ir as aulas de dança por não conseguir aprender mesmo, etc).
Mas saiba do seguinte: você não uma pessoa perfeita! Esse entendimento nos leva a constatação de que para aprender uma técnica nova, é necessário bastante treino. Pessoas que se dedicaram a medir e quantificar seu aprendizado chegaram a conclusão de que são necessários no mínimo 20 horas de treino para começar a dominar uma habilidade!
A forma mais rápida de chegar à perfeição e saber que inicialmente você não será tão bom assim e com isso não deve se frustrar quando não conseguir fazer como as pessoas que já estão naquela atividade há mais tempo, e a realizam como tanta naturalidade como se estivessem lendo um livro ou tomando banho. Tem que se sentir tão confortável a ponto de não deixar que essa dificuldade abale a sua confiança.
Com o passar dos dias, não sendo tão severo consigo mesmo, você perceberá que naturalmente as coisas começarão a se encaixar respeitando o seu tempo pessoal de aprendizado.
Quando você começar a ter a naturalidade com o que deseja (quando não cair mais da moto, quando passar a marcha do carro sem “arrastar” as engrenagens, quando não prestar mais atenção na contagem daquele passo difícil, quando não olhar mais para o instrumento para conseguir tocar, etc) ai sim poderá sem traumas esforçar-se ao máximo para fazer da melhor forma possível, e assim será o melhor no que faz!
E ai? Vamos começar aquela atividade que tanto ama sem cobranças nem compromissos?