O Google anunciou que o número de pesquisas feitas por pessoas usando sua ferramenta de busca em dispositivos móveis nos EUA pela primeira vez superou o das que feitas através de PCs.
Essa mudança de comportamento foi anunciada em uma conferência de publicidade digital nesta terça-feira (dia 5), de acordo com relatos da imprensa. O Executivo da empresa Jerry Dischler disse que esse cenário ocorreu em 10 dos principais mercados do mundo, incluindo os EUA e o Japão (sem citar especificamente quais países e em que datas o fenômeno ocorreu).
Essa mudança para buscas móveis é um marco importante para o Google e irá modificar em muito o modo como a empresa se comporta em relação a resultados, monetização, preços e principalmente na forma em como a propaganda é vinculada em dispositivos dessa natureza, pois os anúncios que a Google exibe ao lado dos resultados de pesquisas são uma das mais eficazes e lucrativas formas de propaganda no mundo do marketing online, mas a média de rendimento dos anúncios vem caindo nos últimos anos.
Muitos analistas atribuem a queda de preço de anúncio do Google para o fato de que os consumidores estão cada vez mais acessando o serviço de busca em telefones móveis, e que este tipo de anúncio não rendem os mesmos lucros que os anúncios de buscas exibidas em PCs.
O Chefe de finanças da Google, Patrick Pichette, disse que a Google está se adaptando ao formato de busca móvel e que o “preço por clique” em seus anúncios continua a crescer ano após ano. Segundo ele a razão para a queda de rendimentos com anúncios é devido a anúncios exibidos no YouTube. Mesmo assim, Google está tomando medidas para melhorar seus anúncios móveis. Durante a conferência na terça-feira, a empresa mostrou novos formatos de propaganda para a plataforma, mais amigáveis, responsivos e que fazem uso de imagens que interagem ao toque e se comportam de formas distintas para diferentes gestos em telas sensíveis.
Ironicamente uma parte desses números são reflexos de um acordo entre a Google e a Apple que deverá expirar em breve, que definiu Google como mecanismo de pesquisa padrão no browser Safari presente no iPhone, e que é de interesse da gigante das buscas manter.