O HTTP/2, evolução do protocolo de comunicação HTTP/1.1 usado atualmente na internet finalmente foi terminado. O grupo Internet Engineering Task Force (IETF, ou “Força-Tarefa de Engenharia de Internet”), que planejou a versão atual divulgou as especificações de sua nova versão nesta quarta-feira, dia 18 de fevereiro. Mark Nottingham, presidente do grupo, confirmou em coletiva essa informação e também que o novo protocolo já foi enviado para o Editor de RFC (Request-For-Comments), ambiente que estuda os padrões de tecnologia, para passar por processos editoriais, antes de ser adotado como novo padrão.
O HTTP (Hypertext Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hipertexto) atual está na versão 1.1 desde 1999. A primeira foi desenvolvida em 1991 (o HTTP/0.9) usada na internet de texto, e em 1996 foi lançado o HTTP/1.0, que possibilitava uso de imagens e envio de dados. O destaque da versão atual, o HTTP/1.1, é o uso da compressão de dados tanto no servidor quanto no cliente. A nova versão em estudos está focada em segurança, velocidade, compactação e economia de Banda. Por usar menos conexões, exigirá menos da infraestrutura (servidores e redes) proporcionando um carregamento de páginas mais rápido e conexões de vida mais longa.[pullquote]O HTTP (Hypertext Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hipertexto) atual está na versão 1.1 desde 1999[/pullquote]
O novo padrão HTTP foi baseado no protocolo de transporte de dados SPDY do Google (usado para manipular o tráfego e melhorar a latência e segurança, oferecendo também carregamento mais veloz de páginas). O próprio Google antecipando-se a tecnologia já anunciou que planeja deixar o seu navegador Chrome totalmente compatível com o protocolo. Inclusive para quem deseja testar a nova tecnologia, pode usar um servidor de testes em conjunto com as novas versões do Chrome (e do Firefox) por conta dessa característica.
Depois de muitas tecnologias novas, equipamentos potentes, investimentos em infra estrutura, etc finalmente vamos ter uma iniciativa que realmente irá aumentar a velocidade final da internet para o usuário comum. Porque? Simples… Esse novo protocolo multiplexa as conexões e usa push. Explicando: Quando você abre uma página ela vai carregando os vários elementos (fotos, texto, vídeo, etc) para serem exibidos pra você. Se esse processo fosse sequencial cada foto iria travar a página até ser carregada, e isso em uma conexão lenta seria inconcebível. Para evitar isso o navegador vai criando novas conexões com o servidor, uma para cada elemento ser exibido até carregar a página em 100%. Isso gera uma grande demanda de conexões que vão sobrecarregando os servidores. O novo protocolo vai juntar todas as requisições em uma só conexão multiplexada (como a fibra ótica faz juntando vários feixes de dados de cores diferentes em apenas um). Os servidores push antecipam o que a página vai pedir (javascripts, fontes, etc) e já carregam todos os elementos deixando disponíveis rapidamente. Se tudo funcionar conforme o planejado, em breve veremos uma internet extremamente rápida mesmo em conexões de banda normal.