A fabricante Nintendo anunciou essa semana que vai deixar de vender seus produtos no país. A distribuição oficial de jogos e consoles foi cancelada, e a venda dos produtos da empresa continuará somente enquanto houver itens nos estoques da distribuidora e das lojas de varejo. Segundo a empresa, o encerramento das operações será devido à falta de uma fabrica nacional e por isso eles estariam tendo problemas com a importação e nacionalização dos produtos devido às elevadas tarifas de importação no setor de videogames e eletrônicos no país.
O diretor e gerente geral para a América Latina da Nintendo, Bill van Zyll afirmou em entrevista à imprensa que “Os desafios no ambiente local de negócios fizeram insustentável nosso modelo de distribuição atual no país”, contudo garantiu que a companhia “vigiará a evolução do ambiente de negócios e avaliará a um possível retorno as operações aqui no Brasil”
A decisão também representa o fim da Gaming do Brasil, distribuidora da Nintendo no país nos últimos quatro anos. Apesar disso, a Jogos de Vídeo América Latina (GmbH) continuará sendo a representante da companhia na região.
Bill van Zyll deixou bem claro que não está desistindo do Brasil, só está “dando um passo atrás para repensar o seu modelo de negócios”. Em entrevista Bill deixou essa mensagem final para os fãs brasileiros que ficarão ansiosos pelo retorno da gigante nos próximos meses (ou anos):
“O Brasil é um mercado único por causa do seu tamanho e potencial. E isso cria desafios únicos. O que eu posso dizer é que olhamos continuamente para o modelo de importação. E nos vimos forçados a repensar esse modelo. Determinamos que ele simplesmente não é sustentável. Por causa desses custos, não somos capazes de levar nossos produtos aos consumidores brasileiros a um preço e a um custo que faça sentido”.