filme do dia: Clube da Luta

Cartaz do filme clube da luta

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Tudo certo pessoal? Este é um ótimo filme para vocês terem em sua videoteca, um bom exemplo de filme inteligente que conduz o expectador a pensar no modo de vida que leva. É um filme que quebra aquela máxima do cinema que diz que nenhum filme consegue superar o livro em que foi baseado. Neste caso me refiro ao livro homônimo de Chuck Palahniuk. O livro é ótimo, e como foi adaptado ao filme, começa exatamente no final quando o protagonista em um monólogo começa a contar em flashback todos os fatos que o levaram a estar naquela situação.

A história do filme é sobre Jack, interpretado pelo super astro Edward Norton que é um executivo yuppie que trabalha como investigador de seguros de uma grande montadora de automóveis. Ele vive muito confortavelmente, tem todos os gadgets “necessários” para uma vida moderna e o que não possui procura comprar nos catálogos online. Tudo isso muda quando ele começa a ter crises crônicas de insônia. Para conseguir dormir ele tenta de tudo, inclusive participar de sessões de terapia grupal de pessoas terminais com câncer, tuberculose e outras doenças, pois é só no meio de moribundos que Jack se sente melhor e consegue dormir. Sua alegria só é interrompida quando Marla Singer (Helena Bonham Carter), uma mulher completamente doida começa a freqüentar os mesmos grupos de ajuda, inclusive o de câncer nos testículos. Para acabar de enlouquecer tudo numa viagem de avião ele conhece Tyler Durden (Brad Pitt) um cara que trabalha como vendedor de sabonetes (feitos secretamente com gordura humana) e que é ainda mais maluco que ele. Na volta da viagem ele descobre que seu apartamento explodiu e liga para seu novo amigo pedindo um lugar para ficar enquanto resolve a situação. Tyler vive em uma mansão caindo aos pedaços, sem água e com ligações clandestinas de energia. Apartir daí o filme toma rumos bem nonsense: Ele e Tyler criam o clube da luta, um espaço clandestino nos fundos de um bar onde executivos e outros caras comuns aliviam suas tensões arrebentando cada um a cara do outro.

Regras do clube da luta:

  1. Você não fala sobre Clube da Luta
  2. Você não fala sobre Clube da Luta
  3. Quando alguém disser “pare” ou perder os sentidos a luta acaba
  4. Só dois caras em cada luta
  5. Uma luta de cada vez
  6. Sem camisa, sem sapatos
  7. As lutas duram o tempo, que for necessário
  8. Se essa é a sua primeira noite no Clube da Luta, você tem, que lutar.

Com o passar tempo, a coisa cresce descontroladamente virando seita dando a possibilidade a Tyler de realizar seu mais ambicioso desejo: o seu “Projeto Caos”.

Recomendo fortemente este filme, pois ele é divertido, não é mais um daqueles filmes onde o personagem principal aproveita-se de sua imagem de galã para segurar o filme e como sempre tem um final completamente louco, inesperado e autêntico.

Spoilers

Atenção! Apartir daqui quem não viu o filme não leia pois revelo alguns fatos e situações do filme

O personagem Tyler Durden não aparece derrepente no filme. Como ele é uma manifestação do desejo inconsciente de Jack podemos notar que ele aos poucos vai tomando forma na sua personalidade. Isso David Fincher nos mostra com imagens subliminares colocadas estrategicamente em pontos chaves da trama. Por várias vezes podemos ver a imagem de Tyler aparecendo em flashes, nos momentos de raiva e frustração de Jack.

Uma coisa interessante é a filosofia de vida dos personagens do filme, podemos tirar algumas perolas em forma de frase como estas:

Todo este clima de revolta, subversão e anarquia culmina num final que era para ser bem óbvio, mais que deixamos passar porque o filme nos envolve de tal maneira que não vemos as pistas (como na parte em que ele próprio agride para chantagear o patrão, numa grande sacada o filme dá uma pausa e ele afirma: “Por alguma razão, lembrei da minha primeira luta com o Tyler” e na hora em que ele atende a ligação do Tyler em um tele fone público, no close que o filme dá no aparelho vemos que é um terminal que não recebe ligações).

Fiquem a vontade para comentar.

Att.

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